Quando o sol ainda não havia cessado seu brilho,
Quando a tarde engolia aos poucos
As cores do dia e despejava sobre a terra
Os primeiros retalhos de sombra
Eu vi que Deus veio assentar-se
Perto do fogão de lenha da minha casa
Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
E buscou um copo de água no pote de barro
Que ficava num lugar de sombra constante.
Ele tinha feições de homem feliz, realizado
Parecia imerso na alegria que é própria
De quem cumpriu a sina do dia e que agora
Recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe.
Eu o olhava e pensava:
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Como é bom viver essa hora da vida
Em que tenho direito de ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,
Puxar a caneta do seu bolso
E pedir que ele desenhasse um relógio
Bem bonito no meu braço
Mas aquele homem não era Deus,
Aquele homem era meu pai
E foi assim que eu descobri
Que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus
Revela-me Deus com seu
Jeito infinito de ser homem.

Em busca da palavra perdida!!!

Eu perdi uma palavra... Não sei onde está... Já procurei hoje por todos os cantos, mas não a acho... Agora estou em busca da palavra perdida...

Olhei embaixo do tapete, embaixo da cama e dentro dos livros velhos e em nenhum lugar encontrei...

Ela foi perdida e o pior é que não me lembro mais dela... Não sei nem com qual outra palavra ela é parecida... Perdi a palavra , seu significado e seus sinônimos!!!

Por favor, se alguém achar minha palavra, me devolva... Gratifica-se bem!!!!

Amar a todos....

Tanto aqueles que nos amam quanto aqueles que não nos amam...

Entregar a Deus aqueles que não nos amam, para que transforme os seus corações.

E se seus corações não se modificarem, que torça seu tornozelos e fiquem mancos, para que possamos reconhecê-los....

Estava triste e não pude chorar...


As lágrimas retidas se transformaram em letras no papel...